sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Rafaela Tassoni

               Visão de um estrangeiro sobre a escravidão no Brasil
     
   
 

   O norte-americano Herbert Smith (1851-1919), que fez várias viagens ao Brasil na década de 1870, publicou um livro em 1879 com suas impressões sobre o país. O relato a seguir, sobre o trabalho escravo em uma fazenda de café, em regiões como o Vale do Paraíba, foi retirado dessa obra.
        Os negros são sujeitos a uma fiscalização rígida e o trabalho é regulado como uma máquina. Ás quatro horas da madrugada todos os escravos são reunidos a fim de entoarem rezas, depois do que se põem em fila para irem trabalhar. Ás seis horas são-lhes café; ás nove horas almoçam carne-seca, farinha de mandioca, feijão e broa de milho; ao meio-dia, tomam uma pequena porção de aguardente; ás quatro horas jantam, precisamente como almoço e, como este, é servido ao ar livre, com a maior interrupção possível do trabalho. Ás sete horas, os negros cansados retornam em filas para os barrações, ao som de uma corneta, depois disso, entregam-se a trabalhos caseiros ou nas máquinas até às nove horas; os homens e mulheres são, então, fechados a chave, onde deixam-nos dormir durante sete horas; a fim de que se restaurem para o trabalho no dia seguinte, de quase 17 horas ininterrupitas. Aos domingos há um feriado nominal, pois não dura mais de três ou quatro horas.

1- Como era a fiscalização dos negros no trabalho?
Era uma fiscalização muito rígida e o trabalho era regulado como uma máquina.

2- Quantas horas de trabalho os negros eram submetidos diariamente?

Eram submetidos de quase 17 horas ununterrúpitas. Aos domingos há um feriado nominal, pois nao dura mais de três ou quatro horas.

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